Embora a segurança de dados seja um tema extremamente relevante, o Brasil não tinha, até pouco tempo atrás, uma lei específica sobre a proteção de dados de consumidores e organizações.
Felizmente, isso mudou com a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para evitar o uso indevido de informações de clientes e usuários.
Diante de tantas demandas que devem ser cumpridas, esse é um assunto profundo, mas essencial para todos os que utilizam a internet e negociam por meio dela. Logo, é importante abordá-lo.
Pensando nisso, elaboramos este conteúdo com tudo que você precisa saber sobre a lei de segurança de dados pessoais na internet e como suas informações são protegidas. Confira!
O que é segurança de dados?
A segurança de dados é um conjunto de práticas preventivas e reativas que protegem informações que pessoas e organizações compartilham online. Seu objetivo é garantir a integridade de todos os usuários contra fraudes, roubos, acessos maliciosos e alterações não autorizadas.
Os pilares dessa prática são:
- confiabilidade: assegurar que as pessoas acessem e trabalhem com informações fidedignas;
- autenticidade: monitoramento dos acessos para garantir a lisura das informações;
- integridade: informações completas, exatas e preservadas contra qualquer tipo de violação;
- conformidade: processamento correto de dados, de acordo com normas, leis e regulamentos;
- disponibilidade: acessibilidade informacional imediata para pessoas autorizadas, por meio de dispositivos de acesso remoto (celulares, laptops, computadores, aplicativos e softwares) e em qualquer horário;
- legalidade: política de segurança para garantir que o controle e uso de informações sejam feitos dentro da lei. Corresponde ao cumprimento efetivo da LGPD.
O que é e como funciona a LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados está em vigor desde 2020. Ela prescreve como captar, armazenar e gerenciar as informações compartilhadas pelos consumidores e usuários.
Além disso, define direitos e deveres dos cidadãos em relação aos seus dados, bem como punições em forma de autuações e multas para quem não cumprir as regras. A LGPD é resumida em três pontos principais, que veremos a seguir.
Finalidade
Para que dados sejam captados e armazenados, é preciso apresentar como eles serão usados. Portanto, as informações devem ficar evidentes para os usuários e, caso seja necessário utilizar os mesmos registros para outra finalidade, é importante solicitar uma nova autorização.
Consentimento
Corresponde à autorização efetiva do usuário para que uma informação seja utilizada. Uma abordagem frequente é quando uma marca deseja enviar mensagens promocionais para o seu e-mail pessoal. Ainda que você tenha informado seu endereço eletrônico, você deve consentir no uso dele para receber as mensagens.
Minimização
Esse ponto corresponde ao volume de dados captados. É comum que alguns formulários cadastrais tenham campos extras para serem preenchidos. Porém, os usuários devem ter autonomia para decidir se devem fornecer tais informações.
Como as organizações garantem essa proteção?
A segurança de dados existe para reforçar a integridade dos usuários de ponta a ponta em aplicativos, sites e mídias sociais. Afinal, essa proteção afeta a experiência do cliente, pois ele se sentirá seguro ao compartilhar dados com a instituição que decidiu manter contato e fechar negócio.
Assim, a retenção e fidelização viram consequência. Para que isso seja possível, as empresas investem pesado em tecnologia da informação visando garantir proteção e melhorar a experiência do cliente.
Um consumidor que vivencia uma jornada comercial agradável e eficiente pode se tornar um promotor, indicando sua companhia para pessoas próximas e fazendo elogios públicos — de forma espontânea.
Já no que se refere às cooperativas de crédito, a Sicoob Cocred contém uma infraestrutura de ferramentas e recursos digitais que protege dados internos e pessoais por meio de certificados digitais, criptografia, protocolos HTTPS e TLS, entre outros.
A cooperativa também conta com uma equipe de proteção de dados, profissionais que fazem a intermediação de contato entre a cooperativa, o público (beneficiários, cooperados, colaboradores, fornecedores e dirigentes), e que apoiam o Encarregado de Dados (DPO), responsável por essas interações e contato com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
A equipe de proteção de dados e o DPO da Cocred podem ser solicitados para obter informações sobre normas de privacidade, proteção de dados e sobre seus dados na cooperativa. Para isso, basta realizar o preenchimento do formulário de solicitação LGPD.
Como proteger informações pessoais e empresariais?
A proteção de dados pessoais e empresariais pode ser providenciada por meio de ações relativamente simples. Confira quais são!
Práticas de backup e plano de recuperação de desastres
O backup frequente e a estratégia de recuperação de desastres melhoram o cotidiano das empresas e a segurança dos usuários, ajudando a lidar com incidentes desagradáveis, que podem ser causados por invasões ou falhas humanas.
Nesse sentido, o backup deve seguir a regra 3-2-1:
- fazer três cópias dos dados;
- armazenar as cópias em duas mídias diferentes;
- enviar uma cópia de backup para um servidor na nuvem a fim de garantir uma recuperação imediata.
Autenticação e controle de acesso
É preciso ter total controle sobre quem acessa dados pessoais. Para diminuir riscos, o acesso deve ser altamente restrito, limitado a usuários que realmente precisam acessar determinada informação. Essa é uma demanda essencial para acessos e tarefas remotos, pois estes elevam os riscos.
Nesse sentido, uma segurança de dados compatível com a LGPD precisa utilizar recursos de autenticação e controle de acessos aos sistemas, com uma hierarquia de permissão para cada usuário.
Algumas soluções que ajudam nessa tarefa são:
- autenticação multifator — ideal para acesso pessoal a serviços financeiros, e-mails e aplicativos em geral que tratam informações importantes e/ou confidenciais;
- controle de acesso à rede e por dispositivo.
Ferramentas de prevenção contra ameaças
Por fim, é importante adotar ferramentas que reforçam a proteção contra ameaças digitais. Afinal, os ataques cibernéticos ocorrem por meio de abordagens evitáveis, como e-mails fraudulentos, download de arquivos infectados, tentativas de phishing e acesso a sites maliciosos.
Felizmente, existe uma grande variedade de ferramentas para identificar ameaças. Elas notificam por ordem de prioridade e enviam respostas urgentes. As mais essenciais são:
- antivírus (devidamente atualizado);
- e-mail gateway para filtrar mensagens recebidas;
- firewall para monitorar o tráfego de rede por meio do dispositivo utilizado;
- gerenciador de eventos e informações de segurança (SIEM).
A segurança de dados na internet é uma demanda que está sempre em alta, pois faz parte da nossa experiência tanto corporativa quanto como usuários de recursos digitais. É importante saber como nossas informações são protegidas pelas organizações e como a LGPD contribui para que isso funcione corretamente.
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