David João Perloti é um pequeno produtor de café em Cássia dos Coqueiros-SP. Para garantir boas safras no sítio de 18 hectares, precisa de recursos para custeio e aquisição de um trator. O veículo é financiado pela Sicoob Cocred, onde encontra, também, crédito para colher, em média, 600 sacas por ano, entregues a uma cooperativa exportadora em Guaxupé-MG.
O agricultor foi um dos primeiros cooperados da agência da Cocred em Cajuru-SP. Além de taxas justas para os serviços que utiliza, destaca a proximidade que mantém com a gerência, com a qual tem abertura para expor as principais necessidades e receber as soluções mais adequadas ao perfil dele. “A gente é sempre bem atendido. Não é apenas uma relação de negócios, mas de amizade. Na Cocred, a gente constrói uma família”, diz.
Perloti é um dos muitos produtores rurais atendidos – de forma próxima e personalizada – pela Cocred. A cooperativa se destaca no atendimento ao agronegócio, onde estão suas raízes sólidas e resilientes. De todo o sistema Sicoob, por exemplo, detém a maior carteira de crédito rural: R$ 5,6 bilhões (em julho/2024). O valor representa 63% de toda a carteira de crédito da cooperativa, que, no mesmo período, somava R$ 8,86 bilhões.

A cooperativa também se orgulha dos sucessivos recordes em liberações de crédito rural. Na safra 2023/24, foram R$ 3,8 bilhões concedidos, aumento de 22,5% na comparação com a temporada anterior (R$ 3,09 bilhões), quando a Cocred foi a única cooperativa singular do Sicoob a ultrapassar a barreira dos R$ 3 bilhões liberados.
“Oferecemos soluções para todas as etapas de produção e temos uma equipe especializada no segmento, afinal, o agro é nossa expertise há 55 anos. Então, seja para modernizar, custear, proteger ou expandir a produção rural, a Cocred sempre tem uma alternativa”, afirma o diretor de Negócios da Cocred, Yuri Zarinello Ferezin.
Do total de crédito concedido nos últimos 12 meses, R$ 2,67 bilhões (70%) correspondem à Cédula de Produto Rural Financeira (CPRF), título que possibilita aos produtores ampliar seus recursos e ter mais autonomia para investir, já que, diferentemente da Cédula de Produto Rural (CPR), não vincula a entrega do produto à operação.
Outras vantagens são o processo de aprovação e liberação simplificados e a liberdade que os cooperados têm para decidir como utilizá-la, entre as diversas finalidades de custeio, investimento e comercialização. Por trabalhar apenas com os resultados da produção, não compromete a área de cultivo.
A CPRF ainda é isenta de cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e tem prazo de quitação de até cinco anos, em pagamentos semestrais ou anuais, com taxas pré ou pós-fixadas. Tudo acordado na contratação.

A primeira liberação de CPRF pela Cocred foi em setembro de 2022, como alternativa ao Plano Safra do Governo Federal, nem sempre disponível. Na safra 2023/24, por exemplo, boa parte do volume de recursos alocados pelo governo para o primeiro trimestre, em programas como Moderfrota, RenovAgro, Pronamp, Pronamp Custeio e Proirriga, se esgotou rapidamente. Tanto que, para a safra atual, houve aumento de 10% no total a ser liberado – ainda insuficiente na visão da Frente Parlamentar da Agropecuária.
Uma das cooperadas que aderem, com frequência, à CPRF é a pecuarista Roberta Bertin de Barros, de Lins-SP, proprietária de 575 vacas Gir e Girolando em lactação, que produzem cerca de 19 mil litros de leite por dia. Uma história que começou em 2007, quando Roberta adquiriu os primeiros animais de Gir Leiteiro.
A pecuarista descreve o relacionamento com a Cocred como “excelente” e também recorre a linhas de crédito rural para custeio e investimento, além de consórcios e boletos de cobrança. “Centralizamos toda a movimentação da fazenda na cooperativa, inclusive com pagamentos e transferências via arquivos de remessa”, explica.
O apoio da cooperativa é fundamental, inclusive, para Roberta enfrentar as instabilidades do setor. Por não ser uma commoditie, o leite é regido pela lei da oferta e da procura. “Só que, por falta de uma política interna forte, sofremos com as importações gigantescas, que desestimulam o produtor brasileiro e resultam na saída da atividade”, afirma.
Para driblar essa situação, Roberta investe em tecnologias de genética e nutrição, buscando mais eficiência na conversão alimentar e na qualidade do produto final. Por meio da biotecnologia de produção de embriões in vitro, por exemplo, multiplicou as doadoras de alto valor genético e o resultado foi um rebanho com alta produtividade e rusticidade, além de eficiência reprodutiva.
“Nesse sentido, a Cocred é muito importante na liberação de recursos, apoiando a expansão do nosso negócio e dando oportunidade de fazermos investimentos para modernizar e aumentar a a produtividade”, diz.

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