Sistema aberto: Open Finance cresce e já tem 40 milhões de adeptos

Sistema aberto: Open Finance cresce e já tem 40 milhões de adeptos

Compartilhar informações pessoais entre instituições financeiras é uma prática cada vez mais comum entre os brasileiros. Segundo o Banco Central (BC), já existem 40 milhões de consentimentos ativos no país. E o número deve continuar crescendo de forma consistente, à medida que passem a ser oferecidos novos produtos e serviços baseados nas funcionalidades do Open Finance.

Mas o que é Open Finance? É a possibilidade que o cidadão tem de autorizar o seu banco, cooperativa de crédito, fintech ou instituição de pagamento a compartilhar seus dados pessoais e de movimentação financeira com outras instituições. Isso permite que se conheça melhor as pessoas físicas e jurídicas vinculadas ao mercado financeiro, o que ajuda na oferta de soluções mais adequadas a cada perfil.

O Sicoob, sistema ao qual a Cocred é afiliada, está presente nas discussões desde o início e acredita que o Open Finance pode alavancar o crescimento das cooperativas financeiras, colocando ainda mais em evidência os diferenciais competitivos que são marcas de sua atuação, como crédito com taxas mais justas e investimentos com remunerações melhores.

De modo prático, o Sicoob foi a primeira instituição cooperativa brasileira a disponibilizar aos associados, em maio de 2022, a adesão inteligente, um movimento que é conhecido no mercado como smart on boarding e que permite abrir uma conta via Open Finance pelo aplicativo – acessível a todo cooperado da Cocred.

O Sicoob também foi um dos primeiros a se habilitar como Iniciador de Transações de Pagamento (ITP), que gera maior fluidez nos processos de pagamento entre diferentes instituições, além de ter sido pioneiro em depósitos via Pix pelo aplicativo e a oferecer o Agregador de Contas, ferramenta pelo qual o cooperado pode visualizar todas as informações de suas finanças, mesmo aquelas que são mantidas em outras instituições, como bancos e fintechs, por exemplo.

Todas essas possibilidades estão acessíveis na palma da mão. Basta acessar o aplicativo do Sicoob, onde o cooperado já realiza a gestão das suas contas. No menu localizado no canto superior esquerdo da tela, está a seção Open Finance. Ali, é possível encontrar informações sobre o sistema, os termos de uso, o direcionamento para o Portal do Cidadão, realizar a gestão do Open Finance e ainda o Agregador Financeiro.

Entre as informações compartilhadas por meio do Open Finance, após o aceite do cooperado, estão dados cadastrais, como endereço e estado civil, de produtos e serviços contratados, e transacionais, como saldos, uso de cartões de crédito, operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência. Para o diretor Geral da Cocred, Antonio Cláudio Rodrigues, o Open Finance permite que os produtos e serviços da cooperativa sejam ainda mais personalizados, de forma a atender as necessidades dos cooperados.

“No sentido contrário, o cooperado vai poder comparar tarifas e taxas, e constatar que realmente temos as melhores condições. Com o Open Finance, fica mais fácil para qualquer pessoa conhecer os benefícios do cooperativismo financeiro e migrar para esse modelo, que é tão vantajoso. A gente consegue reforçar o nosso compromisso de promover justiça financeira e prosperidade”, afirma.

Antonio Cláudio Rodrigues, diretor Geral da Sicoob Cocred

Somente as instituições credenciadas pelo BC, como a Cocred, podem integrar o Open Finance. Aquelas que vão receber os dados ou iniciar uma transição de pagamento é que devem solicitar a autorização para que os clientes ou cooperados compartilhem os dados, deixando clara a finalidade do compartilhamento, prestando informações objetivas e adequadas ao produto ou serviço em questão. Além de ter o controle da vida financeira facilitado, quem dá o consentimento se torna apto a receber ofertas de produtos e serviços, podendo avaliar suas principais vantagens e comparar com outras.

Mesmo não sendo obrigatória a participação no Open Finance, o Sicoob aderiu à ferramenta por acreditar que ela contribui para a democratização do acesso a uma economia livre e cada vez mais digitalizada no Brasil, ao mesmo tempo em que vai ao encontro da missão do Sistema, que é de promover soluções e experiências inovadoras e sustentáveis por meio da cooperação.

Benefícios

O Open Finance começou a operar no país em 2021, quando era ainda chamado de Open Banking. Segundo o BC, a mudança de nome aconteceu para mostrar que a abrangência do sistema não se restringe a modalidades financeiras mais tradicionais, como contas e operações de crédito, mas inclui câmbio, credenciamento, investimentos, seguros e previdência.

Segundo Matheus Coradin, coordenador do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, toda a infraestrutura do Open Finance foi pensada para agregar inovações frequentemente. Ele explica que, por meio de uma estrutura tecnológica segura, serviços podem ser criados ou aprimorados, visando atender cada vez melhor os clientes.

Matheus enumera outros benefícios do Open Finance. Além de facilitar às pessoas ter acesso a um panorama de suas finanças por diferentes plataformas, não apenas a partir do aplicativo ou do site da instituição financeira onde uma conta foi aberta, possibilita melhor análise do cadastro e da capacidade de pagamento dos usuários, facilitando a contratação de produtos e serviços.

“A maior transparência está relacionada a vários aspectos do Open Finance, como a divulgação das características dos produtos, taxas e tarifas. Impulsionamos, ainda, melhorias na qualidade da comunicação entre as instituições e seus clientes, que devem ser informados com clareza e de forma tempestiva, durante toda a interação com os serviços do Open Finance, seja no compartilhamento de dados ou na realização de pagamentos”, afirma.

O assessor do BC destaca que, conforme o Open Finance vai sendo mais utilizado, amplia-se também o potencial a ser explorado. “Espera-se que, ao longo de 2024, diversas soluções passem a entrar em produção e ser disponibilizadas aos consumidores financeiros de forma ampla”. Outra expectativa é que haja cada vez mais integração com outros projetos da agenda de inovação do BC, como o DREX – o Real Digital. O objetivo é que todas essas ações contribuam, conjuntamente, para desenhar o sistema financeiro do futuro, mais inovador e inclusivo.

Revista Cocred Mais

Esta é uma das reportagens da edição 43 da Revista Cocred Mais. Para conferir a edição na íntegra, clique aqui.

Matheus Coradin, coordenador de Regulação do Sistema Financeiro do BC (Divulgação/Febraban Tech)

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